Pessoas sem nenhuma orientação. Sorrisos tristes. Coisas largadas. Chão sujo. Lá estava eu, andando pelo lugar mais triste que eu poderia ver. Logo eu, acostumada com tudo o que eu queria na hora, sorrisos felizes, um lugar para me confortar e pessoas que tinham até mais que eu do meu lado.
Estava eu, na parte mais pobre da cidade, onde qualquer coisa era muito pouco se comparado com o que eu tinha. Um amigo me disse que precisava conhecer o oposto da minha realidade. A pobreza.
Um homem passou por mim com terno e gravata, gel no cabelo, cheiroso e com uma mochila nas costas. Na minha frente gritou para uma criança "Calma, eu já venho,filho!". O menino de uns cinco anos começou a chorar e desesperadamente foi correndo para os braços do homem. Que disse baixinho no seu ouvido "Preciso trabalhar, filho. Desde que sua mãe virou uma estrela só eu posso sustentar a casa e pagar tudo o que você precisa!".
Comovente o esforço de um pai, com um filho de cinco anos que já não tinha sua mãe. Decidi ajudar. Não poderia ficar de braços cruzados em frente aquela situação. O menino aparentemente começou a passar mal, e com isso o pai gritou desesperado "Ele tem asma! Me ajudem! Me levem para o hospital!".
Meu pai era dono do hospital. E mesmo sendo meio longe, fiz questão de os colocar no meu carro e ir correndo para lá. O menino estava realmente ruim e com a qualidade do SUS era quase ridículo o levar para algum hospital público.
Depois de ter feito toda a gentileza que fiz, o homem me agradeceu com brilho nos olhos. Me disse que tinha terminado a faculdade de medicina. E que precisava de um emprego. Conversei com meu pai e ele tomou algumas decisões.
Alguns anos se passaram, e eu esbarrei com um homem de terno que gritava para uma criança "Calma, eu já venho!". Me emocionei. Como uma pessoa poderia se tonar tão maravilhosa. As vezes só precisamos de uma chance. E me lembrei que naquela época eu queria um carro novo, e aquele homem estava saindo de casa para conseguir um emprego para alimentar seu filho. Hoje ele é o supervisor da ala de câncer infantil. E ver aquela cena de um homem engravatado gritando para uma criança me fez lembrar o quanto aquela situação á alguns anos, tinham sido boas para mim, para ele e para todas aquelas crianças que pediam para ele não ir embora. Se não fosse aquele homem engravatado eu talvez estaria querendo um carro novo e apenas pensando em mim
Que post liindo, amei o blog e espero que você tenha sempre muito sucesso!!
ResponderExcluirhttp://mininaimperfeita.blogspot.com/
Que bom que gostou! :)
ExcluirLindo!!
ResponderExcluirSeguindo e curtindo.. beijoss
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<3 :))
ExcluirSó eu que choreeei ? , Linda história. amei amei amei mesmo ! Continue assim Biia ! ><
ResponderExcluirFalando das Meninas
Obrigada Anninhaa!
Excluir"Como uma pessoa poderia se tornar tão maravilhosa. As vezes só precisamos de uma chance." Que lindo, Bia :')
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ah se o intuito era fazer eu chorar conseguiu <3 tudo depende de uma chance lindo por demais bia :)
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